Antigamente eu costumava receber mensagens, cartas e cartões
via Correios. Hoje essas mesmas correspondências me chegam
via e-mails ou rede sociais. Mas, o que mais me alegra nisso tudo
é que em meio a toda essa modernidade, ainda buscamos aos
meios antigos, para refletirmos a nossa modernidade. Foi o
que pude observar hoje ao receber um vídeo, que narrava um
texto de Rui Barbosa. Num testemunho de que a nossa literatura
antiga está cada vez mais moderna e contemporânea.
Vale ler e refletir... Será que Rui Barbosa estava errado???
via Correios. Hoje essas mesmas correspondências me chegam
via e-mails ou rede sociais. Mas, o que mais me alegra nisso tudo
é que em meio a toda essa modernidade, ainda buscamos aos
meios antigos, para refletirmos a nossa modernidade. Foi o
que pude observar hoje ao receber um vídeo, que narrava um
texto de Rui Barbosa. Num testemunho de que a nossa literatura
antiga está cada vez mais moderna e contemporânea.
Vale ler e refletir... Será que Rui Barbosa estava errado???
Sinto Vergonha de Mim
Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar
pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia, pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez
no julgamento da verdade, a negligência com a família,
célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com
o “eu” feliz a qualquer custo, buscando a tal “felicidade”
em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido, a tantos “floreios” para justificar
atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição
de sempre “contestar”, voltar atrás e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos que não quero percorrer…
Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra,
das minhas desilusões e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!
“De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto”. (Rui Barbosa)
Tenham todos e todas...
Um Fim-de-semana iluminado!!!