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domingo, 16 de outubro de 2011

Envelhecer

Já faz algum tempo depois de minha última postagem. Mas, estar aqui hoje tem um signicado especial.
Significa que estou viva e assim pretendo continuar ainda por muito tempo. E para comemorar escrevi algumas palavras, provavelmente já escritas por outras pessoas, mas, dentro de cada contexto com outros significados. Em 15 de Outubro de 2011 escrevo  em minha homenagem...

Envelhecer

Enquanto envelheço...
Torno-me mais amável comigo mesma,
E menos crítica dos meus afazeres.
Não me censuro se resolvo ficar lendo...
Ou jogando no computador até altas horas...
E para variar durmo até o meio-dia.
Digo aos ventos o quanto me tornei minha própria amiga...
E o quanto estou feliz por isso...
Por fazer de mim mesma, minha própria opção.
E não me censuro por querer comer isso ou aquilo,
Eu tenho direito de ser desarrumada, de ser extravagante.
Ou por vezes parecer meio desleixada...
Ser velha me dá o direito de fazer minha própria moda...
Ou de exibir meu próprio estilo.
Enquanto envelheço contabilizo minhas perdas...
Subtraindo dos meus ganhos...
Ganhos cuja soma só aumenta a cada dia.
Sei que não sou perfeita...
Quem é?
Sou abençoada por ter vivido o suficiente...
Para ter os meus cabelos grisalhos,
Para ter os risos da juventude presente nas minhas lembranças.
E poder me orgulhar de cada sulco...
Que se aprofunda em meu rosto...
Pois, eles me lembram do caminho percorrido...
Das tristezas, das angústias e das muitas alegrias.
Alegrias de saber envelhecer.
De agradecer todos os dias...
Pela família, pelos parentes e amigos
Por cada uma ou cada um...
Que me acolheu com seu carinho...
Com amizade e até mesmo com críticas..
Críticas que me ajudaram a re-pensar o meu fazer.
Se hoje sou o meu melhor...
Foi porque recebi contribuições...
Para re-significar minhas qualidades e...
Superar os meus defeitos.
Sou grata por tudo que conquistei e...
Pelo muito que ainda espero conquistar.
Não lamento pelos erros cometidos...
Porque eles me mostraram novos caminhos.
Prefiro lembrar-me dos erros cometidos... 
Que daqueles que deixei de cometer.
Sou humana, sou imperfeita...
Vivo a alegria de puder...
Envelhecer. 


 Para todas e todos que me acolheram com seu carinho nesta data...
Meus sinceros agradecimentos.
E para os meus pares eu só tenho a dizer...
Viva nós, que podemos nos orgulhar de ter chegado até aqui!
E poder olhar pra frente sem vergonha do que ficou para trás.

Abraços e muita luz!!!

sábado, 6 de agosto de 2011

Marcha das Margaridas 2011


Hoje eu venho aqui para falar de livros, não dos livros de papel ou da forma mais moderna o E-book.  Mas, dos livros da vida, das leituras cotidianas da vida de cada ser humano, que habita nosso planeta, nosso continente, nosso país, nossa cidade e quem sabe o nosso bairro, a nossa rua ou a nossa casa. Entretanto, peço licença para fazer um recorte e falar dos livros das mulheres. Mulheres que escreveram os livros de suas vidas, com muitas lutas e na maioria das vezes, com poucas conquistas. Mulheres que trabalharam toda sua vida, e que ao final desta, não tinham um prato de alimento ou um teto para se abrigar. Qualidade de vida, saúde, educação, isso foi privilégio de poucas. E ainda é!  O que dizer de milhares de vovós, que escreveram suas histórias de vidas, na luta pela sobrevivência, de si e de seus filhos. E hoje uma grande maioria, ainda luta pela sobrevivência dos seus netos.  Porém, poucas tiveram a clareza e consciência dos seus direitos, ou exigiram a ocupação do seu espaço. Mas, as leituras desses livros nos mostra que isso tem mudado gradativamente na história.

A luta das Mulheres pela conquista de melhores condições de vida e valorização do seu espaço tem sido uma constante, ao longo da história. Com as mulheres brasileiras não tem sido diferente. Quando direcionamos nosso olhar para a área rural, está luta tem sido mais árdua e mais difícil e por vezes perigosa. Compartilho do desejo dessas mulheres de todas as etnias e de todas as idades, por qualidade de vida digna. E por acreditar que isso é possível, eu acompanho a delegação do RN na Marcha das Margaridas 2011, que pretende levar mil mulheres a Brasília.

E como convidada da Senhora Divina Maria¹, que mantem um trabalho com pessoas idosas em alguns municípios do RN é com humildade que ofereço o meu apoio, para essas mulheres  guerreiras, que lutam por seus Direitos e melhores oportunidades. E nesse ano, em que nos articulamos para III Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, devemos um olhar especial para as mulheres idosas que compõem este segmento e que registraram em seus livros a marca do seu sofrimento e das suas lutas.


 Meu carinho a todas as mulheres do RN que seguirão está Marcha e meu abraço especial a todas as mulheres idosas que com muita energia e disposição escreverão mais um capítulo nos livros de suas vidas.
¹ - http://fetarn.blogspot.com/2011/07/encontro-debate-preparativos-da-iii.html
          

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Angústia

Há uma estranha beleza na noite ! Há uma estranha beleza !
Oh, a transcendente poesia
que verso algum traduz...

A via-láctea, inteiramente acesa
parece a fotografia
de um tufão de luz !

- Quem seria,
quem seria
que pregou lá no céu aquela imensa cruz?

Que infinita serenidade...
Que infinita serenidade misteriosa
nesse infinito azul dos céus e em tudo mais:
nos telhados, nas ruas, na cidade...

( Só os gatos gritam na noite silenciosa
sensualíssimos ais !)

Meu Deus, que noite calma... E aquela trepadeira
feminina e ligeira
veio abrir bem na minha janela
uma flor - como uma boca rubra e bela
que não terei...

- E ainda sinto nos lábios um travo nauseante
do amor que faz bem pouco, há apenas um instante,
paguei...

E o céu azul assim... E essa serenidade!
Silêncio- A noite, o luar ... Tão claro o luar lá fora...
Juraria que há alguém, não sei onde que chora...

Oh, a angústia invencível que me prostra
invade
e me devorar ...

(Poema de JG de Araujo Jorge, Cânticos – 1949)

José Guilherme de Araújo Jorge (1914-1987) ou simplesmente  J. G. de Araújo Jorge  foi o mais popular poeta do Brasil. Seus versos multiplicam-se pelos cadernos de poesia dos jovens; foram declamados em festas e recitais; difundidos em programas radiofônicos, jornais e revistas de todo o país, e, principalmente, estão na memória e no coração do povo. Ou deveria está!!!
Castro. Alves e Augusto dos Anjos conseguiram no Brasil popularidade igual à conquistada por esse grande poeta. Que maior glória pode aspirar um Poeta?

Ele próprio já confessou, numa trovinha:
Minha maior alegria
minha glória humilde e nua
é ver a minha poesia
fazer ciranda na rua

As informações aqui  exposta foram compiladas dos livros "Concerto a 4 Mãos"  2° edição, página 173, e "Os Mais Belos Sonetos que o Amor Inspirou" volume II, 1° edição 1966, página 352.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sinto Vergonha de Mim

Antigamente eu costumava receber mensagens, cartas e cartões
via Correios. Hoje essas mesmas correspondências me chegam
via e-mails ou rede sociais. Mas, o que mais me alegra nisso tudo
é que em meio a toda  essa modernidade, ainda buscamos aos
meios antigos, para refletirmos a nossa modernidade. Foi o
que pude  observar hoje ao receber um vídeo, que narrava um
texto de Rui Barbosa. Num testemunho de que a nossa literatura
antiga está cada vez mais moderna e contemporânea.
Vale ler e refletir... Será que Rui Barbosa estava errado???

Sinto Vergonha de Mim

Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar
pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia, pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez
no julgamento da verdade, a negligência com a família,
célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com
o “eu” feliz a qualquer custo, buscando a tal “felicidade”
em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido, a tantos “floreios” para justificar
atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição
de sempre “contestar”, voltar atrás e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos que não quero percorrer…

Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra,
das minhas desilusões e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!

“De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto”. (Rui Barbosa)

Tenham todos e todas...
Um Fim-de-semana iluminado!!!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

"SEM MEDO DE SER FELIZ"

THEREZINHA "SEM MEDO DE SER FELIZ"

Há muito venho pensando em falar sobre a idéia e como surgiu esta frase em minha vida. Mas, sempre que tentava escrever, algo lá dentro me dizia ser uma bobogem. E assim, o tempo foi passando e fui deixando pra lá. Hoje novamente pensei em escrever e novamente achei uma bobagem. Então, sem perder o pique resolvi abrir meus e-mails e entre eles encontrei uma mensagem que me chamou atenção e me fez repensar novamente na velha e emergente idéia. Eis aí, tudo começou quando  pouco tempo atrás, num "Dia das mães" minhas filhas resolveram me fotografar, e, como eu costumo ter muitos tecidos em casa, porque entre outras coisas também gosto de costurar, elas me envolveram naqueles tecidos e foi um mundão de fotos, de tudo quanto foi geito. Inclusive nos estilos "tomara que caia". Selecionadas algumas fotos foi decidido que criariamos um álbum no meu Orkut, que era  o "BUUUM" do momento. Porém, além de ter que ter um título, eu previa que algumas fotos provocariam alguns comentatários negativos, por conta  do colo exposto considerando minha idade. Coisa que nunca tive foi medo de enfrentar o novo. E assim, surgiu o título para o álbum: Therezinha "SEM MEDO DE SER FELIZ". Álbum este que pouco tempo depois foi excluído e o título repassado para meu nome de chamada do Orkut. E que agora passar a ser título do meu Blog.
E para aqueles que se interessarem deixo aqui  a mensagem repassada por minha amiga Maria Ligia Toledo de L. C. que diz:

SABEDORIA DE AVÓ...
Quando eu for bem velhinha, espero receber a graça de, num dia de domingo, me sentar na poltrona da biblioteca e, bebendo um cálice de vinho do Porto, dizer a minha neta:
- Querida, venha cá. Feche a porta com cuidado e sente-se aqui ao meu lado. Tenho umas coisas pra te contar. E assim, dizer apontando o indicador para o alto:
- O nome disso não é conselho, isso se chama colaboração!
Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões.
E agora, do alto dos meus 82 anos, com os ossos frágeis, a pele mole e os cabelos brancos, minha alma é o que me resta de saudável e forte.  Por isso, vou colocar mais ou menos assim:
- É preciso coragem para ser feliz. Seja valente.
- Siga sempre seu coração. Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão.
- E satisfaça seus desejos. Esse é seu direito e obrigação.
- Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer, mas escolha entre ser uma grande menina ou uma menina grande, vai depender só de você.
- Tenha poucos e bons amigos.
- Tenha filhos.
- Tenha um jardim.
- Aproveite sua casa, mas vá a Fernando de Noronha, a Barcelona e a Austrália.
- Cuide bem dos seus dentes.
- Experimente, mude, corte os cabelos.
- Ame. Ame pra valer, mesmo que ele seja o carteiro.
- Não corra o risco de envelhecer dizendo "ah, se eu tivesse feito..."
- Tenha uma vida rica de vida (Vai que o carteiro ganha na loteria - tudo é possível, e o futuro é imprevisível.)
- Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela.
- Faça sexo, mas não sinta vergonha de preferir fazer amor.
- E tome conta sempre da sua reputação, ela é um bem inestimável.
- Porque  sim, as pessoas comentam, reparam, e se você der chance elas inventam também detalhes desnecessários.
- Se for se casar, faça por amor. Não faça por segurança, carinho ou status.
- A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco!
- Prefira a recomendação da natureza, que com a justificativa de aperfeiçoar os genes na reprodução, sugere que você procure alguém diferente de você. Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão. É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão.
- Faça do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus instrumentos de criação.
- Leia. Pinte, desenhe, escreva. E por favor, dance, dance, dance até o fim, se não por você, o faça por mim.
- Compreenda seus pais. Eles te amam para além da sua imaginação, sempre fizeram o melhor que puderam, e sempre farão.
- Não cultive as mágoas - porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.
Era só isso minha querida. Agora é a sua vez.
Por favor, encha mais uma vez minha taça e me conte: como vai você?

E assim, deixo pra vocês um pouco de mim e um pouco da sabedoria dos avós dos nossos avós que servem para todos nós, pais, filhos, netos e amigos... E até pra você!
VIVA, SEM MEDO DE SER FELIZ!!!

Obrigada Lígia! Sua amizade é um bem precioso para mim.
Beijos no seu coração!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Finalmente, com vocês: "O Peregrino"

Algum tempo atrás, ao criar esse blog deixava claro a minha ansiedade em conhecer a Obra Literária do meu amigo Marcos Monjardim. E não por acaso, outros assuntos me tomaram o tempo, encontros, viagens, e para minha supresa chegada a semana do tão esperado dia, lá estava eu, acamada com uma inexplicável virose ou processo alérgico, não sei bem, mas, que vem se mantendo até hoje. Torci para me recuperar o suficiênte para sair de casa, mas, não consegui. Sem contar com as chuvas que assolaram Natal nesse final-de-semana. Porém, o importante é que a tarde e noite de autográfo foi um sucesso, meu amigo Marcos administrou muito bem esse momento, que com certeza será um marco em sua carreira literária.
E na impossibilidade de me fazer presente, liguei para a livraria e pedi para que meu livro fosse reservado e entregue ao autor para ser devidamente autografado. No que fui atendida e desde já agradeço a Livraria Siciliano do Midway Mall pelo excelente serviço e ao meu amigo Marcos pelo autografo carinhoso que me foi dedicado.   Obrigada Marcos!   

domingo, 3 de abril de 2011

Conversando sobre livros e leituras

Ao criar esse Blog, minha idéia era homenagear o amigo Marcos Monjardim, acompanhando seus escritos e conhecendo um pouco desse seu lado escritor. Seu primeiro livro "O peregrino" terá seu lançamento no dia 21 de maio de 2011. Porém, algo teria que ser escrito aqui para que se justifique a existência do mesmo. Não sou escritora, muito menos poetisa, mas, sou uma boa leitora e amo a poesia.É pensando desse modo, que pretendo permanecer aqui. Minha vida como leitora se estende da minha adolescência até os dias de hoje. De escritores que passam pela literatura clássica, Moderna e Contemporânea Brasileira aos Estrangeiros. Machado de Assis, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Cecília Meireles, Hemann Hesse, Richard Bach, Saramago, Gabriel Garcia Marques, Izabel Allende, entre tantos outros incluindo a literatura potiguar a quem presto minha homenagem na pessoa do escritor Dr. Armando Negreiros com "Viva a Vevre!" e a "Folga da dobra". Na poesia de Cruz e Souza, Castro Alves, J.G. de Araújo Jorge, Cécília Meireles a Thiago de Melo e Mário Quintana. Seguindo de Charles Baeudelaire a Pablo Neruda entre outros estrangeiros que enriquecem nosso cabedal literário e poético. E para enriquecer a nossa conversa deixo aqui um presente de Alphonsus de Guimarães (1870-1921). Poeta Simbolista, nasceu em Ouro Preto/MG: Ismália


Ismália


Quando Ismália enloqueceu,
Pô-se na tôrre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.


No sonho em que se perdeu,
Banhou-se tôda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...


E, no desvario seu,
Na tôrre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...


E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...


As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

Com todo carinho aos amantes da poesia e da boa leitura.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Quem Eu Sou?

Quem Eu Sou?

Querem saber como vivo?
Lhes direi...

Vivo do vento que me mantém lúcida e acordada para que eu não adormeça na caminhada.

Vivo do mar que me limpa do cansaço da luta e me recompõe para que eu continue.

Vivo das cores que me ensinam os remédios e os alimentos para que eu sobreviva forte para trabalhar.

Vivo da riqueza do meu melhor esforço, meu amor.
Planto-o por onde passo, não perco nem mesmo a terra de um vaso quebrado, pois ali a semente germina.

E sou feliz assim.
Sou simples, pois preciso de pouco.
Sou calma, pois aprendi a esperar.

Tudo vem.
E o campo arado e adubado produz coisas melhores, que valem a pena ser
preservadas.

Falo pouco, pois optei por grandes ocupações, como um trabalho escolhido de ouvir e por isso não me sobra tempo para as palavras.

Penso muito, mas corretamente.
Desejo só o necessário, ocupo pouco espaço e por isso não sofro por possuir. Sou feliz, sou abençoada, sou reconfortada e apreciada.

Querem saber quem sou eu, já que sabem como vivo?

Eu Sou...
" A Paz "

(Desconheço o Autor)